Como pesquisar óbitos
GENEALOGIA
REGISTRO DE ÓBITO - DICAS PARA PROCURAR
O óbito do antepassado costuma ser um dos documentos mais difíceis de achar. Nem sempre o óbito foi registrado, nem sempre sabemos onde ou quando morreu a pessoa...
A primeira dica é procurar o registro de casamento, religioso e civil de TODOS os filhos do casal. Os registros de casamentos, especialmente os civis, costumam dizer se os genitores dos noivos estão vivos e/ou onde residem, além de muitas vezes dizerem a idade. Com isso, várias vezes, podemos definir ao menos um intervalo e/ou uma região que a pessoa morava quando morreu!
A segunda dica é procurar registros de sepultamento. Isso geralmente não está on-line, várias vezes, se existir o registro, está num arquivo municipal, da prefeitura ou no próprio cemitério. As vezes é necessário pesquisar pessoalmente esses livros. Em alguns casos, dependendo da época, pode ter sido apresentada uma certidão de óbito para enterrar.
A terceira dica é pesquisa in loco em cemitérios. Geralmente as pessoas são enterradas junto da família. Da esposa/o, filhos...se tem algum cemitério que você sabe que o cônjuge da pessoa está enterrado (ou algum dos filhos), vale a pena ir conferir esse cemitério pessoalmente, lápide por lápide, para ver se acha quem pesquise. Tem quem ache o exercício meio macabro, mas eu particularmente gosto (acho arte cemiterial uma coisa linda!).
Ao fazer a pesquisa, é sempre ideal pesquisar você mesmo nos livros do cartório pelo FamilySearch, quando for possível. Evitem confiar em pesquisas de cartório (e não confiem cegamente em índices), a pesquisa pessoal é sempre mais confiável. Aqui como pesquisar: https://genealogices.wordpress.com/2020/12/01/pesquisando-no-familysearch-registros-digitalizados/)
Em alguns locais e épocas, a paróquia que a pessoa morreu pode ter um registro de óbito. Era cada vez menos comum depois da década de 1910 haver registro religioso de óbito, mas é uma alternativa.
Também é interessante procurar em jornais, na hemeroteca. Especialmente quando o antepassado era pop, pode haver um anúncio no jornal da morte, da missa do sétimo dia ou algo parecido. De meu pentavô, Adriano Xavier Pedroso, consegui determinar o período aproximado porque a mulher dele aparece citada como viúva num jornal...
A última dica é pesquisa em processos judicias, especialmente inventários. Obviamente, só vai ocorrer inventário se a pessoa tinha bens, que não é o caso de todo mundo, mas as vezes acontecia. A minha pentavó, Clara Maria dos Santos, não teve o óbito registrado. A lápide dela não sobreviveu ao tempo, se é que um dia existiu. Mas eu tenho a data exata do óbito, porque ela tinha bens e quando morreu, o marido foi o inventariante e declarou a data exata! Nem sempre o inventário vai ter uma certidão de óbito (já vi inventários na década de 1900 e anteriores sem), mas geralmente vai ter ao menos uma data, se a pessoa lembrava. Quando outra hexavó morreu, o genro dela declarou no inventário que tinha morrido fazia "mais ou menos dois annos e meio". O genro desnaturado não sabia quando a sogra morreu! Essas declarações vinham de memória, então podem estar erradas. Especialmente quando um dos genitores era morto e isso era citado no casamento de um dos filhos: já vi pessoas errarem por dez anos (!) a data de óbito da própria mãe.
Nem sempre o óbito é necessário para a cidadania, mas quando for essas são dicas válidas que ajudam a localizar o registro ou no mínimo localizar quando se deu o fato para fazer um suprimento de registro.